Agora que a crise internacional vai servir para tapar tudo, a começar pelo insucesso do governo, ficam algumas (das muitas) questões pertinentes a José Pinto de Sousa , enunciadas por Pacheco Pereira:
Será que Vossa Excelência me permite lembrar aos portugueses que todos os números decisivos da economia portuguesa já eram maus antes da crise internacional, que agora serve de pretexto para encobrir o falhanço da política do governo?
Será que Vossa Excelência me permite perguntar sobre todo este estendal de ofertas do “Magalhães” nas escolas, sobre quem o pagou, como foi feita a escolha deste computador, da fábrica que o produz sem concurso público, que compromissos tem o governo com essa empresa, que pedagogos disseram ao governo que era útil as crianças do básico terem computadores individuais, etc,, etc,?
Será que Vossa Excelência me permite perguntar porque razão cada vez mais os grandes negócios públicos se fazem no seu e no gabinete dos ministros, sem escrutínio, evitando concursos públicos, anunciando tudo como facto consumado em nome da “eficácia” e se não o preocupa o enorme potencial para o tráfico de influência e corrupção que tais práticas permitem?
Será que Vossa Excelência me permite perguntar sobre como é que num momento em que todos os governantes passam horas e horas a trabalhar a tentar resolver a crise financeira, a sua alta figura arranja todos os dias muito tempo, para fazer sessões de propaganda, como se estivesse desocupado da governação?
Será que Vossa Excelência me permite continuar a perguntar a lista infinda de coisas que exigem ser escrutinadas por detrás das nuvens da propaganda, da enorme complacência dos interesses instalados e da escassa independência das pessoas num pais como o nosso e num governo com o estilo de pau e cenoura como o seu?
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