São todas públicas. Nas dez "piores" não há uma única privada. São quase todas escolas do interior deprimido. Escolas que servem populações muito pobres. Sem querer ser exaustivo e sem querer revelar os nomes das escolas (porque os professores que nelas dão o seu melhor me merecem respeito), refiro apenas que são escolas situadas em concelhos muito pobres como Nisa, Pampilhosa da Serra, Alter do Chão ou Mesão Frio. Mais uma vez fica provado que é o estatuto social, cultural e económico dos alunos que condiciona primordialmente os resultados escolares.
Uma escola que pode seleccionar os seus alunos e que impõe um processo de selecção económica através de mensalidades elevadas não pode ser comparada com escolas públicas que aceitam todos os públicos e servem sobretudo populações que vivem em estado de pobreza económica e cultural.
Mais uma vez se prova a extrema injustiça que é condicionar a avaliação dos professores aos resultados escolares dos alunos. Querer culpabilizar os professores pelos fracos resultados das escolas é uma forma de os políticos arranjarem bodes expiatórios para as consequências desastrosas de políticas promotoras das desigualdades e da pobreza. Os culpados não são os professores; são os governantes.
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